A sigla TENS vem do inglês Transcutaneous Electrical Nerve Stimulation (Neuroestimulação Elétrica Transcutânea, em português) e é um aparelho utilizado no tratamento da dor porque exerce uma função analgésica através da ativação de mecanismos de controle internos do sistema nervoso.
Atenção! Apesar da função analgésica, o uso do TENS não é aconselhado para todo o tipo de dor. Por isso é importante a avaliação do Fisioterapeuta para perceber se o uso do aparelho trará ou não benefícios ao paciente.
A aplicação do TENS dura entre 15 e 30 minutos, dependendo da modulação escolhida e, durante a terapia, o paciente deve sentir uma sensação de formigamento forte na zona de colocação dos eletrodos, porém, não deve despertar dor.
Diferente do que muitos pacientes acreditam, a intensidade da corrente deve ser mantida para evitar a acomodação dos tecidos.
Recebo muitos pacientes falando sobre o “choquinho” e quase sempre dizem que a corrente vai diminuindo e que o fisioterapeuta responsável não ajusta a dosagem. Isso é um equívoco!
O TENS tem muitas indicações, como por exemplo: dores pós-operatórias, dores cervicais e lombares, artrites, bursites, dores musculares, tendinites, entre outras.
CONTRA INDICAÇÕES:
Dor não diagnosticada - pode motivar uma atividade física mais vigorosa antes que uma lesão esteja recuperada ou mascarar uma doença grave;
Marcapasso (ao menos que recomendado pelo cardiologista);
Gestação - evite a aplicação durante os três primeiros meses, principalmente em regiões lombar e abdominal;
Epilepsia;
Sobre os olhos;
Problemas Cardíacos - podem apresentar reações adversas;
AVC (não aplicar na face ou no pescoço);
Problemas Cognitivos.
NUNCA APLICAR:
Sobre o seio carotídeo: pode exacerbar reflexos vago-vagais;
Pele danificada;
Sobre a pele disestésica;
Internamente (boca).
Atentos a isso, é só aproveitar os benefícios que a corrente pode trazer, mas vale lembrar que ela é um recurso terapêutico e que acaba agindo muitas vezes de forma paliativa. O mais importante é uma minuciosa avaliação fisioterapêutica para que se possa achar a origem do problema e não ficar tratando apenas o sintoma. Isso é determinante para um bom prognóstico e futura cura do paciente.